Paraolimpíadas da exclusão

Monday 19 September 2016

Olá meus queridos leitores, vocês curtiram as paraolimpíadas?


Acho que não, pois não tivemos como assistir não é mesmo?

Alguns de nós até que puderam: os que entraram na internet em sites ilegais para assistir à TV fechada online, com uma imagem de má qualidade, e correndo o risco de que seus computadores adquirissem algum tipo de vírus, ou aqueles que possui TV paga. Agora me diz se isso está certo? Se isto é aceitável, já que estamos falando do país sede?

Primeiro, a abertura e o fechamento não foram transmitidas pela TV aberta, assim como os jogos. Aqui na Suíça foi transmitida a abertura, e eu na inocênciaa, acreditei que os jogos também seriam. ENTRETANTO, assim como quase todas as emissoras abertas e fechadas também, só transmitiram compactos ou melhores momentos. 

ABSURDO! Que tal de inclusão social é essa que eles querem conseguir, quando nem uma abertura eles transmitem? Como eles esperam que as pessoas compreendam e se interessem, sem dar qualquer incentivo?

O que eu acho mais incrível, é o fato de mais de praticamente todos os ingressos terem sido vendidos, e as emissoras da tv brasileira, acreditar que nós brasileiros não teríamos interesse em assisitir as paraolimpíadas. Talvez muita gente nao se interesse, como ha muitos que nao gostam de esportes, mas ha muitas pessoas que gostariam de ter acompanhado os jogos. Eu sou uma delas, e varios amigos meus tambem. 

Os jogos paralimpicos nasceram com a ideia de promover a inclusão e a quebra de preconceitos, porém, se nem ser televisionado ele foi, como que as pessoas vão dar a devida importância?

Realmente, eu achei horrível nem mesmo oa país sede se preocupar em INDEPENDENTE de audiência ou nao, promover a tal inclusao, transmitindo os jogos como deveria ser. E para outras naçoes que nao sao sedes, fica a vergonha do mesmo jeito, de nao estar contribuindo nem um pouco para uma verdadeira inclusao social dessas pessoas e para a valorizaçao do esporte paralimpico como um todo. 

Por isso meus queridos, se você concorda comigo e estão tao revoltados quanto, por favor, bora pressionar as emissoras, cobrar a transmissão dos próximos jogos, demonstrar nossa indignaçao.
Quem sabe daqui pra frente eles se sensibilizam, e passam a entender que inclusao social nao é isso que eles estao fazendo nao.

Inclusão social está além de lucro, de audência e publicidade. E foi uma grande pena! Pois a equipe brasileira se saiu muito bem. Tanto a abertura e o fechamento, foram espetáculos maravilhosos. Fica aí nossa indignação no ar, esperando que em Tóquio, seja diferente...

Leitura: Homo Faber

Tuesday 13 September 2016

Olá amantes da leitura, tudo bem?

Depois de tempos sem indicar livros para vocês, eis aqui uma dica muito interessante, pois se trata de um romance dos anos 60 e de um escritor suíço. Para variar um pouco né. Este livro é um clássico da literatura suíça, tipo daqueles titulos obrigatórios na escola. Eu o li em pouco menos de 10 dias, era uma versão de bolso.

No Brasil este livro é muito difícil de ser encontrado, pois ele só teve duas edições. Se você for fluente no inglês poderá adquirí-lo com mais facilidade. Se acompanha meu Insta ou a Fanpage no Face, sabe que eu o li em alemão mesmo. O que não foi uma tarefa tão fácil, mas ajudou a aprimorar muito meus conhecimentos no idioma.

Mas chega de trelelê e vamos para a resenha.
Homo Faber, de Max Frisch, é um dos livros mais importantes e mais lidos do século XX. Lançada em 1957, a obra é um relato em primeiro pessoa da história de Walter Faber, um engenheiro extremamente racional, cuja visão de mundo científica e tecnológica não consegue acomodar o acaso, o "irracional", ou seja, aquilo que não pode ser calculado. Ele se vê em um grande confronto "emocional" quando se envolve com uma mulher bem mais nova, qual possivelmente, pode ser sua filha. Entretanto, o que está colocado como pano de fundo é a própria identidade do homem moderno.
Bom galera, este "romance", não é desses convencionais. Na realidade o centro do enredo nem é bem o romance, e sim as reflexões apresentadas nele sobre a vida moderna e o comportamento das pessoas no novo século. O próprio personagem principal tem um comportamento e personalidade peculiares.

Eu achei a leitura interessante, mas claro que se tratar de um romance, eu esperava um pouco mais do desenrolar da "relação" dos dois. A gente já conhece várias dessas estorias, quantas novelas já assistimos com esse mesmo tema? Mas nelas tinha toda aquela emoção da descoberta de um possivel incesto e . No livro não fica claro em momento nenhum o que verdadeiramente está acontecendo entre os dois, ou se realmente algo aconteceu. O que de certa maneira, é o que faz da leitura fascinante.

Eu gostei muito dos detalhes que o autor traz sobre os lugares que os personagens passam, é uma riqueza de detalhes muito interessante, entretanto, a parte do romance de certa maneira deixa a desejar, principalmente no desenrolar da estória, que meio que acaba sem pé nem cabeça. Em alguns momentos é realmente bem confuso.

De qualquer maneira, recomendo a leitura. Ou se preferir, poderá também assistir ao filme. Eu só não tenho certezaf se tem alguma versão legendada em português. Eu pelo menos não consegui encontrar. O livro também não é muito fácil, de encontrar, mas aqui embaixo estou postando links de possíveis locais de compra.

Saraiva: http://www.saraiva.com.br/homo-faber-1629538.html

Estante Virtual: https://www.estantevirtual.com.br/b/max-frisch/homo-faber/347417133

Trailer em Alemão


Estereotipos Etnicos e raciais fora do Brasil!

Sunday 11 September 2016

Olá pessoas, hoje quero fazer uma crítica sobre o que nós brasileiros vivendo no exterior passamos, apenas por sermos brasileiros. É algo que também acontece no Brasil, com nós mulheres, negros e gays. Algumas vezes também com estrangeiros que vivem no país, porém, de uma forma diferente do que se passa aqui.

Antes de mais nada, se você ainda nao é um fã do Mundo de Mari, bora curtir a Fanpage no Face, Google Plus e seguir nas outras redes sociais. ;-)

Entao, vamos ao tema de hoje. Como voces sabem, eu moro na Suíça, inclusive para quem tiver interesse em saber o que é preciso pra viver aqui, é só acessar os vídeos sobre o tema lá no youtube, que você terá todas as informações necessárias. 
Continuando, eu moro na Suíça há 5 anos, e desde a primeira vez que coloquei meus pés aqui, tive que lidar com estereotipos etnicos e algumas vezes raciais. Isso sempre me incomodou e ainda me incomoda, saber que as pessoas em primeiro lugar me julgam por ser estrangeira, depois por ser brasileira, por ser negra e por ser mulher. 

Me incomoda quando muitas delas acreditam piamente, que todo brasileiro gosta de festa e barulho o tempo  todo, que só pensamos em beber, comer, dançar e transar. Que nós mulheres brasileiras somos quentes, estamos sempre prontas. Que nós latinas somos ciumentas, que temos o temperamento forte, ou que somos interesseiras, incultas, que tudo o que desejamos é um idiota europeu para nos enconstar... Como isso me irrita profundamente. Qualquer tipo de preconceito me irrita, e os estereotipos sao fundamentados em cima deles. 

Já cansei de ver o olhar surpreso, quando digo a um suíço que gosto de ler, de cinema, de estudar, quando falo sobre física quântica e outras nerdisses... É como se uma brasileira nunca pudesse ter tal interesse. Eles me olham e dizem, nossa você nao parece ser brasileira, ou quando eu digo que acho a Suíça muitas vezes entediante, aí nesse momento sou considerada uma brasileira. É hilario e ao mesmo tempo ridiculo. É como se eles nao conhecessesem nada sobre nós, e realmente nao conhecem, pois a TV europeia é cheia de clichês.

Eles até apresentam muitas coisas sobre a América do Sul, porém quase sempre do mesmo, seja falando de violência, corrupção ou de nossas festas. Mas são poucos os programas e reportagens que vão ao fundo, e mostram nossa realidade e nossa cultura como ela realmente é.
Não me entendam mal, e não achem que todos os suíços e europeus pensam isso sobre nós. Existem aqueles que sabem que não se pode generalizar nunca! E eu não faria isso aqui. Isto não é de jeito algum uma generalização e sim um desabafo de quem já foi muito esteriotipada dentro e fora do Brasil. 

O intuito desta postagem é apenas expressar esse sentimento de certa revolta, por entender que infelizmente, parece que as piores coisas sobre nós chegam aqui, ou as coisas mais fúteis. O brasileiro não é só corpo sarado, bom de dança e risonho. Nós somos criativos e super fortes. Nós somos pessoas esforçadas e inteligentes. E quando não o somos, é por uma cultura forçada, por não ter oportunidade ou por termos sido forçados a pensar que não existem mais possibilidades.

Então, quando você vir ao exterior, por favor, propague o melhor sobre nós, não saia falando mal da sua própria pátria. Você jamais vai escutar um gringo detonando seu país quando está fora dele. E quando você escutar um gringo falando mal do Brasil, quando ele não tem noção do que é nascer e crescer brasileiro, nos defenda!! Não é questão de patriotismo e sim de reconstrução de nossa autoestima, que foi destruida por anos e anos de repressão e má formação.

Enfim minha gente bonita, se eu for escrever tudo o que está guardado, isto se tornará um livro online, hahaha.  

Agradeço a quem leu até aqui, e peço o favor de que você compartilhe essa postagem, para que mais pessoas tomem consciência do seu conteúdo e entendam a importância da gente quebrar certos preconceitos e esteriótipos... Até a próxima!! 

Reflexāo: Sobre vida e morte

Friday 9 September 2016

Há algum tempo tenho me perguntado o que significa morrer, sobretudo se há realmente uma vida após a morte, quando muitas vezes parece que o mundo já está morto. Simplesmente a teoria dos zumbis estava certa.

Eu me pergunto, por que corremos e sofremos tanto? Por que desejamos coisas das quais não precisamos realmente, e por que nunca estamos satisfeitos com o que temos e com o que somos?

Eu tenho notado que nos últimos 5 ou 6 anos eu nâo tenho vivido e a maioria das pessoas das quais conheço também não, estão todas sobrevivendo, porque viver não é isso. Viver não é trabalhar e pagar contas, reclamar do preço das coisas, gastar mais do que pode, viver não é acordar cedo todos os dias, para ser explorado por quem pode viver.

Viver é muito mais do que isso, e tenho notado que quase ninguém mais tem vivido, nem mesmo as crianças. Estamos sempre preocupados com o futuro e tudo que fazemos é em busca de algo que não temos. Nos esquecemos de que a vida realmente passa muito rápido e quando nos damos conta, ja não temos mais tempo para resgatar aquilo que passou.


Você está ali apenas esperando o inevitável, e quando se da conta, acabou. E alguém tá morto, seu ente querido, seu amigo, seu chefe ou seu vizinho, você tá morto. E nada do que tente ou queira fazer vai adiantar, pois acabou e não tem volta.

Muitas pessoas já morreram mesmo estando vivas. Eu vejo pessoas no meu trabalho todos os dias,  que parecem já estarem mortas. Elas não estão nem mais sobrevivendo, elas estão vegetando. Elas não tem mais brilho, vontade, nada. Somente estão esperando para que o dia chegue, e elas não tenham mais que se levantar. Isso é triste. Isso é assustador.

Essas pessoas teoricamente tem tudo, mas estão mortas para a vida.

Sei lá pessoal, estou viajando pra caramba aqui, mas é só porque ninguém fala sobre isso, ninguém diz a você, que você não precisa morrer fisicamente para estar morto, ninguém diz a você que você está somente sobrevivendo. Porque viver e morrer são realmente outras coisas...

Os Vips de cá não são como os de lá

Tuesday 6 September 2016

Olá galera, faz um tempao que não escrevo aqui no blog. Confesso que apesar de ter muito o que dizer, as vezes não tenho ânimo. Fora a correria do dia a dia e o fato de estar me preprando para mais uma prova de alemão. Então, tenho passado meu tempo livre estudando e acabo não tendo muito tempo para o blog e redes sociais.

Enfim, hoje quero falar de uma experiencia qual vivi esta última semana, que me fez constatar oquanto o Brasil ainda e aristocrata em varios semtidos.
Na última quinta-feira trabalhei como voluntária num evento esportivo aqui em Berna. Trabalhei na parte gastro Vip. Nossa função era atender as pessoas ali presente, os servindo, recolher garrafas vazias, etc e etc. Ou seja, garçonete.

Se fosse no Brasil, provavelmente, eu não teria tido o mesmo tratamento. As pessoas não me agradeceriam por serví-las, afinal o que elas pensam, é que não seria da minha obrigacao serví-las bem, elas são Vips. Acontece que aqui, não importa a sua posição ou trabalho, as pessoas reconhecem o que você faz e te agradece por isso. Nâo te olham de cima, e nem se sentem superiores apenas porque estão em uma área vip sendo servidas por você.

Eu sinceramente não entendo, porque brasileiro tem essa mania de querer inferiorizar o outro para se sentir melhor? Não pense que estou sendo injusta ou generalizando, acontece que estive recentemente no Brasil, e observei o tratamento das pessoas umas com as outras, é de uma falta de simpatia tremenda, sem falar na falta de educação.


E na área vip, é ainda pior. Porque brasileiro tem o velho preconceito de achar que alguém que exerça uma função abaixo da sua, ou que esteja o servindo, é inferior.

Bom, eu nem precisava estar lá, pois estava fazendo um trabalho voluntário, e muitas daquelas pessoas não o sabiam. De qualquer modo, me trataram muito mais do que bem. Me trataram com respeito, e isso faz toda a diferença.

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